Em
uma cidade antiga do Oriente Médio, uma vez, havia um burriquinho que era
atendido pelo nome de “olhos de águia”, pois ele sempre prestava muita atenção
nos movimentos da cidade, quem chegava e quem deveria estar de saída. Prontamente,
ele era o primeiro a querer servir ao Tsadic (pessoa justa) daquela época.
De
uma cidade para outra, lá ia ele transportando algum tsadic importante, e nunca
se atrasou ao destino final.
Sua
servidão foi por muitos e muitos anos, até que um dia, a velhice lhe bateu na
porta, o “olhos de águia” estava cansado, Deus parecia ter virado a face e
esquecido este bom e velho burriquinho, ele pensou: O que será que eu fiz de
errado? Deus poderia manter minhas pernas fortes e velozes como antes, vou
desistir da vida, ele exclamou.
Naquele
mesmo dia, chegara à antiga cidade um de seus clientes, um tsadic já com muita
idade, e chamou o burriquinho, olhos de águia, o que aconteceu, porque está
triste, meu amigo? E o “olhos de águia” contou o que se passava em sua vida,
agora que ele estava velho.
O
Sábio logo afirmou você está olhando para a direção errada, meu bom amigo, você
já se esqueceu de todas as lições de Torá (Pentateuco)
eu fiz que Graças a Deus, deu forças para você me transportar de um lugar muito
distante para outro, realizando todas essas boas obras, é um mérito eterno, um
benefício para todas as gerações, interligadas por aquilo que fizemos juntos no
passado, e se no presente não podemos ser como antes, então o Criador tem
mudado a nossa missão.
O
burriquinho disse; alguma felicidade entrou em meu coração, obrigado meu amigo
Judeu, mas eu quero saber, qual é a minha nova missão?
Saiba
que tudo aquilo que é insignificante para você meu velho amigo, é muito
surpreendente e enriquecedor para os mais novos, seja um contador de histórias,
os episódios de sua vida são mais do que um conto, é a formação do mundo.
Escrito por: Gilson
R. de Arruda
Data: 27 de Julho de
2012.
Linda história meu caro amigo!
ResponderExcluirÉ um bom material de reflexão para aqueles que não conseguem se desapegar de suas histórias e papeis que exerceram, questionando a todo momento o por que de não "Servirem mais", ao invés de procurarem compreender a bondade e sabedoria Divinas que se encerram nesta sua mudança de status.
Chazak Uvaruch!
More Ventura.